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quarta-feira, 26 de abril de 2017

O mundo mítico de Gilgamesh - A Caminho de Forteleza, Ceará!

A história de Gilgamesh traz informações preciosas sobre o mundo antigo. A forma como o Deus Sol, era adorado e a relação entre as catástrofes naturais, com o fim do mundo. Um sentimento de impermanência, somado a um desejo de eternidade, algo que está nas civilizações, desde que o mundo é mundo, pautando o caminhar humano sobre as grandes planícies da existências.
Contei esta história algumas vezes, e venho, até hoje, buscando um caminho narrativo, espontâneo, que faça sua oralidade fluir, junto com a expressão da mímica natural do meu corpo. Tem sido, assim, um caminho dificílimo num momento em que memória e poesia, cada vez mais, se confundem em minha mente.
Não é nada fácil encontrar essa essência narrativa, tentando uma expressão que, longe de ser virtuosa, encontre apenas o coração e a pulsação do público em cada nuance, escultura visual-corpo-vocal, desta tão profunda, bela e misteriosa história da humanidade. Andar pelas antigas planícies da suméria e acordar em Cabo Frio, contemplar o mar, suas belezas, contemplar a vida, viver a relação de paz, amor, esperança e gratidão, diante de tantas dúvidas que me assaltam a cada momento.
Em Fortaleza, uma esperança nova, uma cortina que se abre, para mostrar minha experiências com esta história. Junho chegando, e a possibilidade de novas descobertas sobre o ato de "narrar de memória", utilizando o conhecimento da mimica enquanto elemento que sustenta alguns traços da oralidade proposta neste texto. Venha a luz deste momento, venha a glória de aprender sempre e cada vez mais, diante de uma platéia.

Os muros que separam nossa humanidade, construídos para depois serem
demolidos por ossa humanidade que busca a evolução. Foto: Alexandra Arakawa,
10º Simpósio Internacional de Contadores de Histórias, 2011, durante
a narrativa mítica de Gilgamesh, o Rei Semi-Deus...
A primeira vez que contei esta história, foi em 2010, no "Conto 7 em ponto", em Belo Horizonte. No ano seguinte, 2011, fui para o Simpósio Internacional de Contadores de Histórias, no Rio de Janeiro e depois disso, saí por aí, contando essa história em diversos eventos, praças e escolas. Dei uma parada, para mergulhar, sentir, aprofundar, entender. AGORA ESTOU DE VOLTA.
Gilgamesh a uma das histórias que mais se aproximam do meu jeito de viver, contar e narrar!

vou membora pra uruk
a terra de gilgamesh
lá contarei histórias
lá rezarei minhas preces

terei um amigo rei
que vai me apertar a mão
serei amado e respeitado
naquela imensidão

vou membora pra uruk
subir em árvores de cedro
cavalgar o leão alado
por sobre os muros de pedra

em uruk serei feliz
terei amigos de montão
vou apertar meu abraço
com gente do coração

lá, não serei mais um
serei poeta, serei flor
em uruk, viverei
somente do meu amor.

(jiddu)

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